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Cinema

O faroeste agora é filme policial

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O faroeste que virou filme de horror agora está no momento de um suspense policial: como uma bala real estava entre outras cênicas no Colt .45 entregue ao ator Alec Baldwin? Era a única entre cinco cuja cápsula não tinha o furo indicativo de bala de festim, dentro do revólver feito por uma empresa italiana especializada em reproduzir objetos do século 19.

Para o xerife de Santa Fé, Adan Mendoza, a investigação constatou que havia “certa complacência no set”. O diretor assistente do faroeste “Rust”, Dave Halls, admitiu, em seu depoimento, que não inspecionou o revólver ao entregá-lo para Baldwin, como deveria, segundo protocolos existentes. Mesmo assim, anunciou “cold gun”, que quer dizer que a arma está ok, “limpa”.

A armeira Hannah Gutierrez Reed pegou as três armas que tinha separado para a cena em que Baldwin aponta uma delas para a câmera, na igreja do Bonanza Creek Ranch, e as guardou no cofre de um caminhão, porque a filmagem, atrasada por falta de um segundo cinegrafista, havia parado para hora do almoço.

Nessa manhã parte da equipe do filme tinha ido embora reclamando de falta de pagamento e segurança, e acomodações distantes 80 quilômetros de onde trabalhavam. No final da hora do almoço, a armeira pegou de volta as armas e as colocou sobre um carrinho ao lado da igreja, onde Dave Halls foi buscar a que seria usada.

A diretora de fotografia Halyna Hutchin ajeitava o ângulo da câmera, o diretor Joel Souza, atrás dela, a acompanhava, e Alec Baldwin ensaiava como puxaria o revólver do coldre. Aí ouviu-se o som de uma “chicotada”, Hutchin dobrou o corpo, repetindo que não sentia as pernas, e Souza sangrava no ombro. Uma bala atingiu os dois. A armeira não falou com a imprensa, alegando que estava contratando um advogado. Ela é filha de um famoso especialista armeiro de filmes, mas até então só havia trabalhado num único, antes de “Rust”.

Ela depôs que examinou o revólver, antes que Mendoza o pegasse, e os dois juntos o reexaminaram depois: entre as balas de festim havia uma com a cápsula intacta, sem o furo indicativo de que era inofensiva.

Desde The Man from Laramie, de 1955, cerca de 130 filmes foram rodados no rancho de Bonanza Creek, onde “o velho oeste está vivo”. Veja as fotos: é possível reconhecer algum faroeste em suas ruas, saloon, hotel, a igrejinha, tudo de madeira no horizonte deserto, poeirento. “Rust” continuará a ser filmado aqui em novembro, depois que o filme de horror e suspense chegar ao The End.

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