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Esporte

A bunda do jogador Maldini

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Os jogadores da seleção italiana de futebol de 1994 elegeram a bunda de Paolo Maldini a mais bonita, entre todas as visíveis nos chuveiros depois dos treinos em Nova Jersey. Eu seguia os italianos para o Estadão e o Jornal da Tarde. Era bem divertido, regado a bom café expresso e água gelada. Os repórteres italianos discutindo com o técnico Arrigo Sacchi faziam um show a parte.
Lembro da bunda de Maldini porque meu amigo Silvio Lancellotti escreveu que Daniel Maldini, o filho, e neto de Césare, está no Milan. Lancellotti cobriu a Copa de 1994 para a Folha de S. Paulo. Uma noite ele convenceu a vários repórteres brasileiros em Nova York que a hot-dog do Giant Stadium, em Nova Jersey, era o melhor do mundo. Fomos todos para lá. Nem todos concordaram com ele, mas essa já é outra história.
O assunto era e é agora a bunda de Maldini. Todo mundo escreveu sobre ela e seu festejado portador, Paolo Maldini. Ele levou na brincadeira. Deu entrevistas para encerrar o assunto. Só que não. O Jornal da Tarde, depois da primeira publicação, queria mais. E eu fui ao Maldini com a missão de explorar mais a sua bunda, para outro artigo. Fui o único. Ele não gostou, mas me atendeu. Falávamos generalidades, mas o título girava, claro, em torno da bunda dele.
A situação ficou difícil quando recebi do Jornal da Tarde o pedido de falar pela terceira vez da bunda do Maldini. Só de me ver aproximando, ele ficou sério. E quando lhe disse o que queria, ficou furioso. “Ma che!” Os jogadores riram. Eu fugi de uma possível agressão, se insistisse, e o Jornal da Tarde se conteve daí em diante. Mas, então, eis que surge, num dos treinos da seleção italiana, a Glória Maria, da TV Globo, que me procurou, como se eu fosse especialista ou setorista da bunda do Maldini, pedindo-me que a levasse a ele.
Mesmo sabendo dos perigos, Glória Maria insistiu. Levei-a ao ônibus em que estavam os jogadores que seguiriam para a concentração, em Martinsville. Entrei, divisei o Mandini, e fiz um sinal mostrando-lhe Glória Maria, que foi em frente. Não sei como acabou. Ela não desceu e não a vi mais na Copa do Mundo, que acabou em Pasadena, na Califórnia, com a vitória do Brasil sobre a Itália, por pênaltis.

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