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Brasil

Destruição da memória

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Mais uma investida do governo celerado contra a memória — e a história — do país. Quem me manda o link abaixo é o professor e pesquisador José Maria Jardim.
Trata-se, nada menos, da decisão do Judiciário determinando a “anonimização” de nomes constantes no relatório da Comissão Nacional da Verdade.
Em especial o de um ex-coronel da PM identificado pela CNV como responsável pela morte de um preso sob sua custódia. Desde essa decisão arbitrária da Justiça (?), pelo menos seis páginas do relatório final da CNV, preservado pelo Arquivo Nacional, apresentam tarjas (como a da foto).
Não se sabe qual o escândalo maior — se um coronel da PM que manda matar um preso ou a Justiça que, anos depois, decide tornar anônimo o matador.
Depois do vai-não-vai do cancelamento dos decretos que atribuíram luto oficial a várias personalidades brasileiras falecidas nos últimos 30-40 anos, depois das investidas contra as instituições oficiais de arquivos e documentação, não me espanta se o ocupante do Planalto, nos meses que lhe sobram, mandar revogar outras leis, decretos, e tudo o que diz respeito à memória e história do país.

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