Internacional
10.08.2021
Magnata dono de fábrica de almofadas apresenta teoria bizarra para provar que Trump foi roubado nas eleições

O dono da fábrica de almofadas MyPillow, Mike Lindell, está em campanha para provar que Donald Trump foi roubado nas eleições de novembro. Só que as provas que ele apresenta são consideradas absurdas. A empresa Dominion, que faz as máquinas de votar de alguns estados americanos, está cobrando dele 1,3 bilhão de dólares em processo de difamação.
Lindell “descobriu” que hackers de Beijing trocaram 24 mil votos para Trump no condado de Wisconsin. Mas as máquinas não são conectadas à internet, sem chance para hackers, e o condado só tem 17 mil eleitores registrados.
Não importa argumentos que desmintam suas provas. Ele continua descrevendo a eleição de 2020 como “o maior crime cibernético da história do mundo”. A CNN expôs a nove especialistas em segurança cibernética os argumentos reunidos por Lindell, logo descartados como disparates e com zero evidência de hackeamento.
Mesmo assim, dois terços dos republicanos lhe dão crédito, e a democracia vai sendo minada. A CNN levou ao ar uma reportagem com Lindell, que se recuperou da dependência de crack para se tornar o CEO da MyPillow.
Atualmente, ele está pronto para mais uma prova do roubo eleitoral, batizado de “Absolutely 9-0”, com 37 terabytes de dados que comprovariam suas teorias conspiratórias. “Não estou errado. Conferi tudo. Gastei milhões de dólares.” Várias redes de lojas nos EUA não vendem mais as almofadas dele, fugindo de alguma eventual associação com o maior divulgador de teorias conspiratórias da eleição que nunca acaba.