Brasil

O Cordelista e o Economista

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Hoje o face me lembrou que há 3 anos eu publicava algo sobre esses cordéis aí abaixo. É que naqueles entões a literatura de cordel tinha acabado de ser considerada, pelos conselheiros do IPHAN, Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Ora, três anos se passaram e o IPHAN se desmilinguiu, o energúmeno que estava em campanha foi eleito, e se acumularam destroços de tanta coisa que diz respeito a patrimônio, a cultura material, imaterial — para não falar do resto.
Isso me leva a apreciar ainda mais os versos do cordelista Manoel Monteiro, sobre Celso Furtado. Aí estão alguns, sobre o Ato Institucional n. 1, de 1964, que cassou os direitos políticos e civis de Celso e levou para o exílio gente como Paulo Freire, Darcy Ribeiro e tantos outros que pensavam o país, noite e dia. É como se essas cabeças brilhantes “não servissem para nós”, diz o cordelista.
“O Ato n. 1 / Exilou Celso Furtado / Por ver nele uma ameaça / À segurança do Estado. / Achavam que economista / por rimar com comunista / Devia ser expurgado.
“Celso como cientista / tinha doutorado e pós / Era “Senhor dos Anéis” / Guardião de muitos sóis / Pelo que enunciava / Pra estrangeiro prestava / Só não servia pra nós.

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