Internacional
29.10.2021
O MUNDO EM ROMA
Os preparativos para a primeira cúpula presencial do Grupo dos 20 países mais industrializados do mundo estão concentrados em alguns pontos cruciais: energia, Covid-19, o engarrafamento nos portos e a adoção de um imposto mínimo global. A reunião, em Roma, já iniciada por ministros, terá amanhã, sábado, a participação de chefes de estado, inclusive Jair Bolsonaro. O presidente Joe Biden foi ver o Papa Francisco na manhã desta segunda-feira, logo depois de desembarcar.
Dois líderes de importantes economias deverão participar por videoconferência: Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China, um porque está com uma alta de Covid-19 no país, e o outro porque, indo ao exterior, teria que cumprir a quarentena obrigatória a todos, os chineses se preparando para a Olimpíada de inverno. Os presentes ao G-20 pegam o avião no domingo para a cúpula do clima em Glasgow, na Escócia, a COP26, exceção do presidente Jair Bolsonaro, que vai a Anguillara Veneta, pequena cidade de 5 mil habitantes, a 80 quilômetros de Veneza, para receber o título de cidadão honorário, concedido porque seu bisavô, Bolzonaro, com Z, nasceu lá.
O Fundo Monetário Internacional, FMI, sustenta que a prioridade para a recuperação econômica mundial é a vacina anticovid. O problema: nem o projeto COVAX, das Nações Unidas, nem a doação de vacinas pelos países ricos, fizeram muita diferença para conter a pandemia nos pobres países.
O plano para um imposto global mínimo corporativo está pronto, aceito por 130 países, pode ser assinado e anunciado. O objetivo dele é o de impedir que empresas multinacionais guardem seus lucros em países onde paguem pouco ou nenhum imposto.
O alto preço e o fornecimento de petróleo e gás estão com destaque na agenda e no número de delegações. O preço do barril de petróleo alcançou o recorde em sete anos, a 84 dólares. Se se mantiver assim, ou crescendo mais ainda, um dos efeitos será positivo, com os países desenvolvidos apressando os planos para abandonar os combustíveis fósseis. Mas o inverno europeu e americano está chegando. E o G-20 não tem condições de adotar nenhuma medida com impacto imediato. Também não há uma solução rápida para desafogar os portos e cobrir a falta de chips para a indústria de carros e smartphones. (com informações da AP)