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Internacional

Sudão: meia-volta, volver!

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A transição para a democracia foi interrompida no Sudão por um golpe militar, na segunda-feira. A parte civil do governo misto foi defenestrada depois de uma convivência tumultuada iniciada com a deposição do ditador Omar Hassan al-Bashir, em 2019.

Milhares de sudaneses foram às ruas. Sete deles morreram quando soldados abriram fogo contra os manifestantes.

O Sudão está praticamente sem internet, aeroporto fechado, estradas bloqueadas.

O primeiro-ministro Abdalla Hamdok, 65, foi preso e não se sabe para onde foi levado. Outros líderes civis se esconderam ou fugiram.

 

“Este é o novo Sudão”, declarou o general Abdel Fattah al-Burhan, o chefe militar que se tornou o novo líder no país.

A Casa Branca, em Washington, advertiu que não vai cooperar com os golpistas e exigiu a volta ao caminho da transição para a democracia.

Os 700 milhões de dólares em ajuda emergencial prometidos pelos Estados Unidos foram suspensos.

Também foi retirado o aval a 50 bilhões de dólares para aliviar a dívida sudanesa.

 

Contidos no centro da capital, Cartum, os manifestantes recuaram para a periferia, onde erigiram barricadas e queimaram pneus.

Uma das novidades do governo de transição foi o início de relações com Israel.

Hoje, o jornal Jerusalem Post pergunta o que será feito dessa chance de paz. Ao tempo do ditador al-Bashir, o Sudão acolheu Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, e promoveu uma campanha genocida na região de Darfur, tendo entrado para a lista de países patrocinadores do terrorismo dos Estados Unidos.

 

(capas sobre o Sudão na imprensa internacional, via kiosko.net)

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